domingo, 17 de maio de 2009

Muitos sites, poucos resultados

O stress é um problema que cresce mundo. Trabalhamos cada vez mais, com mais demanda por resultados, nos sentimos pressionados a todo instante. Então, na Era da Informação, nada mais lógico que procurar por algum tipo de tratamento na Internet. Para realizar isso, utilizaremos sites de busca, uma ferramenta muito usada por todos.

Para isso foram selecionados alguns deles: o Google, Yahoo, Altavista, Radar UOL, Clusty, MSN, Ask.Com e DogPile. Os resultados, como já se esperava, foram bem diferentes. Mas cada um deles possui especificidades bem interessantes para o usuário.

Cada site possui uma equação para definir qual site aparecerá no topo da lista. O Google, por exemplo, utiliza um procedimento que lê sites espalhados na Internet e vê qual é o mais linkado por eles. Assim, o vencedor aparece em primeiro. Curiosamente, seu primeiro lugar era um site de downloads que oferecia papeis de parede que, alegadamente, te ajudariam a relaxar. Este mesmo site foi o primeiro resultado no Radar UOL.

O primeiro resultado no Yahoo, Ask.Com e Altavista, mas segundo no Google, também não é um site médico ou com informações sobre tratamentos. O link é um blog de um brasileiro, Flavio Prada, que mora na Itália. Ele escreveu diálogos sobre os problemas de trabalho de um personagem. Nos comentários, os visitantes manifestam aprovação pelo texto.

Já o Clusty e DogPile já começam seus resultados com uma diferença para os outros. Não fazem buscar em português, o que pode limitar suas vantagens para o usuário brasileiro que não fala inglês. Mas possuem links alternativos de busca quando se solicita uma pesquisa. O Clusty coloca, por exemplo, várias opções de buscas alternativas no canto esquerdo, o que pode ajudar o visitante a chegar mais rapidamente à solução de seu problema. O mesmo é feito pelo DogPile. Estes dois chegam a colocar um vídeo do YouTube entre os resultados.


O Radar UOL e o Google também possuem uma seção interessante para o usuário que é buscar notícias. Assim, é possível saber as últimas publicações em pesquisas sobre cura ao stress em uma linguagem dirigida para o leitor, pois passaram pelas mãos de um jornalista.

O que é possível concluir deste trabalho é que cada site possui algumas ferramentas especificas, já que os resultados principais variam pouco. O que o usuário precisa saber é qual delas se encaixa melhor em sua pesquisa. O Google consegue unir vários serviços dentro de suas pesquisas, é mais fácil de usar e é mais conhecido. O Clusty consegue um espaço para refinar sua busca se você tiver um pouco mais de conhecimento de Web e inglês. Assim, o usuário tem várias opções e tem liberdade total para escolher aquele site que melhor lhe parece.
Como um seguidor de notícias de tênis, jogador frustrado e trabalhando muito na semana passada, logo, sem chance de acompanhar as partidas, decidi instalar o RSS do UOL Tênis e seguir o mesmo pelo Google Reader. O leitor RSS escolhido foi o RSSOowl, por indicação de outros usuários (o que já seria uma das características da rede, não? Basta ver as sugestões que sites como a Amazon e o iTunes oferecem ao usuário baseado no seu gosto e preferências.)

Assim como o trabalho anterior, que pedia para diferenciar a Web 1.0 e a 2.0, a mesma linha de raciocínio pode ser aplicada aqui. O RSSOowl funciona como o filtro de notícias no seu browser. Tem uma vantagem que é sua onipresença. Notícias sobre os jogos do torneio de Madri apareciam instantaneamente na tela. Algo que já aprendemos a conviver na Web 1.0. Às vezes para a minha alegria, outras para confundir mais meu trabalho, pois não tinha disponibilidade para ler aquelas matérias no momento em que surgiam. Mesmo assim, é uma ferramenta interessante para um jornalista, principalmente aquele que precisa estar sempre em contato com o que acontece no mundo.

Já o Google Reader é um leitor. Você pode acessar no instante em que precise ou deseja. Senti uma intromissão menor durante os testes. E se o RSSOowl é interessante pela sua rapidez, o Google Reader leva isso para a Web 2.0. No leitor, é possível compartilhar links e ver o que seus amigos estão seguindo, já no padrão Web 2.0, de unir cada vez mais idéias e usuários. Muitas vezes encontrei matérias interessantes nos feeds destas pessoas. Algumas até úteis para o meu cotidiano e para meu trabalho. Poderia ter demorado horas ou até dias para encontrar essas mesmas notícias se dependesse da minha própria navegação.

Então temos dois cenários: rapidez ou união. No RSSOowl você navega sozinho. Seu contato fica restrito às suas próprias notícias. Mesmo assim, tem a sua funcionalidade. Para mim, é uma opção importante para o meu dia-a-dia no trabalho. Posso saber quais notícias estão sendo divulgadas sobre meu cliente rapidamente.

Ao mesmo tempo, o Google Reader ajuda em descobrir novos conteúdos. É verdade que ler o seu feed pode demorar mais tempo do que no RSSOowl, mas a possibilidades que se ganham são maiores e mais interessantes para um usuário comum.

Talvez a questão aqui não seja qual é melhor, mas qual se encaixa melhor nos seus interesses. E outro ponto importante: eles não são excludentes, e sim complementares. Então por que não aproveitar o melhor destes dois mundos? Todos podem sair ganhando. As notícias estão expostas e à disposição. Basta que você escolha como quer chegar até elas. Tudo isso graças ao poder que a Internet dá ao usuário.

Isto, talvez, seja a maior conclusão deste trabalho: na internet, escolher um caminho não significa preterir outro. Afinal, o fim de cada um deles pode ser o mesmo local. Um é uma estrada rápida, o outro é cheio de cruzamentos.

domingo, 10 de maio de 2009

Comparação entre a Web 1.0 e a 2.0: cultura participativa

Manuel Castells considera que Tim Berners-Lee tenha sido o responsável pela transformação da comunicação através dos computadores em realidade, pois foi ele que implementou o software que permitia obter e acrescentar informação a qualquer computador conectado na Internet. Esse sistema, portanto, foi chamado de world wide web.

Ainda segundo o autor, a Internet se inspira em três princípios de arquitetura de comunicação: estrutura de rede descentralizada, poder computacional distribuído através das redes e redundância de funções na rede para diminuir o risco de falhas na conexão. A estrutura de rede descentralizada permite uma maior flexibilidade nas relações através da Internet. Desta forma, a capacidade de adaptação e de mutação ganham possibilidades a cada nova idéia surgida.

O poder computacional distribuído através das redes significa a ausência de um centro de comando. Como a Internet não possui uma ordem de processos para o usuário, este pode se conectar a sites, portais e blogs que lhe forem mais agradáveis. Até o e-mail, uma das ferramentas mais básicas, dá esta liberdade ao usuário. Ele pode ter inúmeras variáveis à sua disposição: interface, tamanho da caixa postal, design, rapidez e prestígio do domínio. Juntamente com esse poder, a redundância de funções na rede ajuda a desenvolver uma maior autonomia nas suas mediações.

Diferentemente do rádio e da televisão, meios que impõem sua programação ao público, a Internet permite que cada pessoa crie o seu próprio comportamento, visite os melhores sites em sua opinião e tenha total liberdade de conexão. O mais importante é que, na Internet, o usuário ganha a chance de participar ativamente do processo comunicacional.

Com base nos três pontos citados acima, a comunicação na Internet acontece de forma simultânea e em todos os lugares. O correio e o telefone, por exemplo, estariam em um esquema de rede, ponto a ponto, um para um. Por esta análise, a web funcionaria sem um centro. Os pontos, neste caso seriam os usuários, que não precisam passar por um centro. Estes pontos podem se conectar diretamente.

Já para o rádio e a televisão funcionariam no que Pierre Lévy classifica como esquema estrela, ou seja, de um ponto para o todo. Tal esquema gera uma audiência passiva e, sobretudo, com pessoas isoladas umas das outras, pois o público se conecta diretamente com um centro, neste caso um meio de comunicação como a televisão, mas sem a possibilidade de novas interações, pois a audiência não está conectada entre si, somente com o centro.

Desta forma, o ciberespaço pode combinar as vantagens dos dois sistemas, pois permite, ao mesmo tempo, a reciprocidade na comunicação e a partilha de um contexto, denominado por Lévy de comunicação de ‘todos para todos’.

Com base nos pensamentos destes dois autores, temos um panorama do que era a web 1.0. Pessoas se conectando e trocando informações em grande velocidade, sem intermediação de uma televisão ou rádio, por exemplo, com mais liberdade e garantia que sua mensagem chegaria sem ruídos ao destinatário. Este cenário já era uma grande mudança para as pessoas.

 A comunicação instantânea e a possibilidade de conversar com qualquer pessoa em qualquer canto do mundo foram o que mais atraíram as pessoas para a Web 1.0. Foram criados os primeiros fóruns de discussão, BBS, ICQ e outras possibilidades de colocar indivíduos em contatos.

Com sua chegada, a Web 2.0 coloca uma outra questão: o que acontece quando estas pessoas começam a gerar conteúdo? Se os fãs do Homem-Aranha, por exemplo, discutiam as aventuras do herói em um fórum, agora eles poderiam escrever um artigo sobre ele no Wikipedia, com freqüentes atualizações, ajudando o leigo a conhecer mais sobre o personagem.

Diferentemente do que Espig escreveu no seu blog, que, segundo especialistas em TI a Web 1.0 era estática e a 2.0, dinâmica, a primeira versão da Web já era bem dinâmica. Sim, existiam limites técnicos, como a qualidade das conexões e os processadores lentos comparados com os padrões atuais, mesmo assim, era possível trocar e-mails, ler fóruns e conversar com algum indiano no ICQ. Tudo ao mesmo tempo.

O que se vê na Web 2.0 é uma mudança no ritmo. A Web já era dinâmica. Apenas ficou mais rápida e com novas possibilidades de comunicação. Essa revolução das redes sociais e mídias geradas pelos consumidores fazem com que a Internet se consolide como um ambiente em que as pessoas oferecem mais informações às outras, o volume de tráfego aumenta também e teremos um meio de comunicação em expansão crescente e constante.

 A Internet colocou esta nova cultura participativa no radar dos meios de comunicação. Henry Jenkins afirma que o fã é sempre o primeiro público a se adaptar às novas tecnologias, logo, a parcela mais ativa da audiência. Este, portanto, é o pilar da Web 2.0, aquela em que os fãs e outros consumidores são convidados a participar ativamente da circulação, criação e produção de bens culturais.

Por isso, a web ganhou respeito e prestigio diante de duas instituições muito poderosas, responsáveis pelas principais tendências de comportamento:o publico e os meios tradicionais de comunicação. Cada um deles percebeu que a Internet pode trazer vantagens.

Basta olha para o ramo musical. O MySpace, site em que bandas colocam suas músicas para qualquer pessoa ouvir sem pagar nada, já é um sucesso e ajudou a criar novos astros, tanto no Brasil (Malu Magalhães) e no Reino Unido (Arctic Monkeys e Lily Allen). Com isso, mais e mais pessoas buscam a Internet como a forma de divulgar seus trabalhos.

As vendas totais de discos caíram 14%, para 428,4 milhões de dólares em 2008, de acordo com números do varejo coletados pela empresa de pesquisa Nielsen SoundScan. Com a queda de 15% em 2007, o número representa mais uma baixa recorde desde que a empresa começou a monitorar as vendas em 1991. As vendas despencaram 45 por cento desde a maior alta do setor, em 2000, de 785,1 milhões de unidades vendidas.

Ao mesmo tempo, os downloads digitais em lojas online como o iTunes, da Apple, passaram a ter maior importância para o setor.  A venda de faixas de música subiu 27 por cento, para um recorde de 1,07 bilhão de unidades.

A indústria fonográfica finalmente conseguiu encontrar uma maneira de se relacionar com a Internet. Mais importante do que isso: as pessoas também. E de uma maneira muito mais proveitosa para a aldeia global. 

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Primeiro

Primeiro post do blog, por causa do curso de jornalismo Web 2.0
Primeiro exercício do módulo 1: Criação do weblog pessoal

Done! ;)